Após assembleia, professores da rede pública do DF decidem manter greve



Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (10), manter a greve da categoria. A paralisação, que começou na primeira segunda-feira de junho, já completa nove dias.

Após a assembleia na região central de Brasília, os educadores seguiram em manifestação até o Palácio do Buriti, sede do governo distrital. Durante a marcha, os servidores fecharam um dos lados do Eixo Monumental, causando interrupção no trânsito.

De acordo com a Secretaria de Educação do Distrito Federal, das 713 escolas públicas da capital, 102 aderiram ao movimento de forma integral. As demais unidades de ensino continuam funcionando parcialmente, com a adesão de alguns servidores à paralisação.

Em nota, a pasta informou que está acompanhando a situação com atenção e que não deve se posicionar oficialmente até o fim da greve. “A prioridade da Pasta continua sendo a garantia do direito à educação e a manutenção do diálogo com responsabilidade”, afirmou a Secretaria de Educação.

Uma nova assembleia da categoria já está marcada para a próxima segunda-feira (16).

Negociações e Decisões Judiciais
Na última semana, no quarto dia de greve, o Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF) se reuniu com membros do GDF (Casa Civil e Secretaria de Educação) na tentativa de chegar a um acordo para o fim da paralisação. No entanto, a mesa de conciliação não resultou em consenso.

Anteriormente, a Justiça do Distrito Federal havia considerado a greve ilegal. Uma decisão da desembargadora Lucimeire Maria da Silva chegou a impor uma multa de R$ 1 milhão por dia ao sindicato, além de autorizar o corte de ponto dos professores que aderissem ao movimento.

Após essa determinação, o Sinpro-DF recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Flávio Dino acatou o pedido do sindicato e derrubou a multa milionária imposta pelo TJDFT. Contudo, o magistrado manteve a determinação de fim imediato da greve e o corte do ponto dos servidores grevistas.

Entre as principais reivindicações dos professores estão a reestruturação da carreira e o aumento salarial, com o objetivo de dobrar o vencimento-base da categoria, segundo o Sinpro-DF.

Os profissionais também solicitam:

A possibilidade de professores contratados temporariamente utilizarem o tempo de serviço para enquadramento nos padrões da carreira após serem efetivados.
A ampliação do percentual de aumento a cada mudança de padrão na carreira.
A valorização da progressão horizontal (por especialização, mestrado e doutorado) a partir da ampliação dos percentuais de aumento salarial

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