Operação “Apate 3” desmonta esquema de fraudes bancárias


A Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) a Operação “Apate 3”, com o objetivo de desarticular grupo criminoso especializado em fraudes bancárias e crimes cibernéticos, praticados especialmente contra idosos em situação de vulnerabilidade social. 

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas regiões administrativas de Santa Maria e São Sebastião, em endereços ligados a sete investigados, sendo quatro homens e três mulheres, todos moradores dessas localidades.

 Durante a ação, foram apreendidos celulares e computadores, que serão analisados para aprofundar as investigações. Modus operandi: como o grupo enganava as vítimas As investigações revelaram que o grupo se especializou em aliciar idosos em situação de vulnerabilidade, empregando uma abordagem presencial e fraudulenta. Criminosos se dirigiam à casa de idosos, apresentando-se como supostos funcionários do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social). Já de posse dos dados pessoais do idoso, informavam que ele havia sido contemplado com uma cesta básica.

 Durante a abordagem, pediam para tirar fotos do idoso, alegando ser um procedimento para comprovar a entrega do benefício. Dias depois, a vítima era surpreendida com sua conta bancária zerada e diversos empréstimos realizados em seu nome, sem qualquer autorização.

 Essas imagens e dados pessoais eram usados pelos criminosos para abrir contas digitais em nome da vítima e contratar empréstimos fraudulentos, cujo valor era rapidamente transferido para contas controladas pelo grupo. A engenharia financeira do crime Após o golpe presencial, o grupo utilizava uma estrutura digital sofisticada. 

A conta original da vítima era invadida e os valores transferidos para uma conta digital aberta em nome da própria vítima, mas sob controle dos criminosos. Em seguida, os valores eram transferidos para diversas outras contas, em etapas e frações, para dificultar o rastreio. 

Os investigados utilizavam múltiplas chaves PIX, que eram criadas e excluídas em sequência, dificultando o trabalho investigativo. Os valores eram repassados para terceiros, familiares e contas de empresas, sendo rapidamente sacados, gastos ou novamente pulverizados. Próximos passos A investigação, que contou com o apoio de instituições financeiras e autorização judicial para quebra de sigilos bancários e telemáticos, agora avança para a análise dos materiais apreendidos — celulares e computadores — a fim de identificar novos participantes, mentores intelectuais e conexões com outras fraudes semelhantes. 

Por que “Apate 3”? O nome da operação faz referência a Apate, figura da mitologia grega conhecida por ser a personificação do engano, da fraude e do dolo. 

A escolha do nome reflete o modo de agir dos investigados, que utilizavam artifícios de manipulação e fraude para ludibriar as vítimas e cometer crimes bancários de forma sofisticada. Esta é a terceira fase de operações com foco nesse tipo de conduta delitiva, daí a designação “Apate 3”.

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