PCDF desmantela esquema de desvio de dinheiro em sindicato de bombeiros civis
O esquema
De acordo com as investigações, os envolvidos criaram um esquema sofisticado para desviar os recursos do sindicato. Foram emitidas notas fiscais falsas por empresas de fachada, que não prestaram nenhum serviço ao sindicato. Os pagamentos realizados para essas empresas eram, na verdade, desvio de dinheiro para os bolsos dos envolvidos. O contador do sindicato, por sua vez, manipulava os balanços contábeis para ocultar as irregularidades e dar aparência de legalidade às operações.
A operação contou com o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em endereços no Plano Piloto, Ceilândia, Sobradinho, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto (GO) e Valparaíso de Goiás (GO). Durante as buscas, os policiais civis apreenderam documentos, computadores e outros materiais que serão analisados para fortalecer as provas contra os suspeitos.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato equiparado, associação criminosa e lavagem de capitais, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão. O peculato equiparado ocorre quando um funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo. A associação criminosa se configura quando duas ou mais pessoas se reúnem, de forma estável e permanente, para cometer crimes. Já a lavagem de capitais consiste em ocultar ou dissimular a origem ilícita de bens, direitos ou valores.
O nome da operação, “Fiducia Fracta”, que em latim significa “confiança quebrada”, simboliza a traição dos dirigentes sindicais aos seus associados.
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