PCDF desmantela rede criminosa que produzia e comercializava drogas alucinógenas em larga escala

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quinta-feira (4/9), a Operação Psicose, com foco no combate a uma sofisticada rede criminosa dedicada à produção e comercialização de drogas alucinógenas em larga escala.

A ação, conduzida pela Coordenação de Repressão às Drogas (CORD), revelou um esquema estruturado que abastecia não apenas consumidores do DF, mas também traficantes de diferentes estados brasileiros.

Durante as diligências, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão, além do bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros dos envolvidos. Websites e perfis usados para a propaganda e comercialização das substâncias também foram suspensos.

O grupo atuava principalmente com a produção de psilocibina, princípio ativo de cogumelos alucinógenos, e é investigado ainda por crimes ambientais, contra a saúde pública e lavagem de dinheiro.

Segundo a PCDF, a organização operava de forma articulada no Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina. O modelo de envio dos entorpecentes imitava o sistema de dropshipping: as drogas eram remetidas pelos Correios e por empresas de logística, dificultando a fiscalização. As investigações identificaram 3.718 encomendas postais, somando aproximadamente 1,5 tonelada de drogas distribuídas pelo país.

Para atrair principalmente jovens frequentadores de festas e festivais de música eletrônica, a rede investia pesado em marketing digital. Sites com apelo visual, anúncios impulsionados em redes sociais e até parcerias com influenciadores e DJs foram usados para ampliar o alcance. Em eventos, os entorpecentes eram divulgados de forma disfarçada como supostos produtos de bem-estar, sem respaldo científico. Tabelas de preços apreendidas mostravam a variação de R$ 84,99 por três gramas a R$ 9,2 mil por um quilo.

Os investigados podem responder por uma série de delitos: tráfico de drogas qualificado, associação criminosa, lavagem de dinheiro, crimes ambientais, contra a saúde pública, publicidade abusiva e curandeirismo. Caso condenados, os líderes da rede podem enfrentar penas que chegam a 53 anos de prisão.

A PCDF reforçou que fraudes desse tipo atingem não apenas as vítimas diretas, mas toda a sociedade, já que os danos à saúde pública e os reflexos econômicos recaem sobre o sistema como um todo

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