Preso pastor que estuprava fiéis para “quebrar maldição” no DF


Na manhã desta quarta-feira (22), por volta das 6h, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 26ª Delegacia de Polícia, deflagrou a Operação Jeremias 23. A ação visou cumprir quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra um homem, de 41 anos, e uma mulher, de 58 anos, pelos crimes de violação sexual mediante fraude e extorsão. As buscas foram cumpridas nas cidades de Vicente Pires, Samambaia e Sobradinho.

O homem acusado e detido é Sinval Ferreira, pastor em uma igreja evangélica de Samambaia. Segundo a polícia, ele abusava sexualmente e financeiramente dos fiéis que frequentavam a comunidade religiosa que ele liderava. Conhecido por suas “revelações” que alegadamente se concretizavam, o pastor usava sua influência para manipular e explorar suas vítimas.

Em um dos casos, o pastor abordou um fiel, alegando ter tido uma visão de que a esposa dela iria morrer. Ele afirmou que Deus lhe ordenara realizar sete “unções” nas partes íntimas da vítima para quebrar a maldição e salvar a vida da esposa.

Temendo pela vida de sua esposa, a vítima cedeu às exigências do pastor e manteve relações sexuais com ele. Sob constantes ameaças de morte de parentes próximos, o pastor forçava os fiéis a manter relações sexuais com ele e entre si.

A cúmplice, uma pastora, de 58 anos, que atuava em Sobradinho/DF, auxiliava o pastor nas ameaças de castigo celestial e participava dos abusos sexuais. Além de vantagens sexuais, o pastor extorquia dinheiro dos fiéis, alegando que doações generosas eram necessárias para evitar desgraças, como a morte ou a invalidez de um ente querido.

Entre as vítimas está uma mulher que, além de realizar doações financeiras, pagou viagens para o pastor ao Rio de Janeiro/RJ e emprestou uma chácara para ele realizar orgias com outros membros da igreja.

De acordo com o delegado da 26ª DP, Marcos Vinícius Miranda, para atender à determinação do namorado, a mulher atraiu uma vítima até o lixão de Samambaia, sob o pretexto de fazer uma oferenda umbandista, onde um homem, de 65 anos, a aguardava com um revólver.

“No local, o suspeito torturou a vítima por alguns minutos, obrigando-a a “chupar” o cano da arma como penalidade pela excessiva quantidade de programas que ele agendava diariamente para a mulher”, destaca.

O plano era levar a vítima ao lago Corumbá para despejar o corpo após o assassinato. Contudo, uma falha no veículo obrigou o autor a mudar de plano, decidindo matar a vítima no lixão, amarrando-a a pneus e queimando-a viva.

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