PCDF desarticula grupo que praticava golpes em idosos em todo o país



A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (CORPATRI), prendeu três integrantes de uma sofisticada quadrilha interestadual especializada em golpes contra pessoas idosas. Os criminosos (de 27, 32 e 33 anos); foram capturados em uma operação, no estado de São Paulo, que também cumpriu mandados de busca e apreensão contra outros dois suspeitos.

 A operação revelou um esquema criminoso de grandes proporções, que movimentava até sete milhões por ano através de um modus operandi meticulosamente planejado. O grupo, oriundo da federação paulista, operava de forma itinerante, viajando semanalmente para diferentes capitais brasileiras para aplicar os golpes, sempre direcionando as ações contra vítimas idosas. 

De acordo com as investigações da PCDF, a quadrilha havia desenvolvido um sistema altamente lucrativo e organizado. Cada temporada nas cidades rendia em média R$ 150 mil para o grupo, o que significava uma receita mensal de aproximadamente R$ 600 mil. Projetando essa atividade criminosa ao longo de um ano inteiro, o esquema chegava a movimentar a impressionante quantia de R$ 7 milhões. Somente no Distrito Federal, onde a quadrilha atuou em três períodos distintos neste ano, foram registradas 19 ocorrências policiais, que resultaram em prejuízos de aproximadamente R$ 500 mil para as vítimas. 
Os períodos de atuação identificados no DF foram: de 2 a 4 de abril, de 5 a 7 de maio, e de 10 a 12 de junho de 2025. O esquema criminoso empregado pela quadrilha demonstrava alto grau de planejamento e especialização na exploração da vulnerabilidade de pessoas idosas. Os investigados utilizavam um modus operandi padronizado que se repetia em todas as cidades onde atuavam. 

A abordagem das vítimas ocorria preferencialmente em caixas eletrônicos localizados em estabelecimentos comerciais, como shoppings centers e supermercados. Os criminosos se aproximavam dos idosos sob o pretexto de auxiliá-los em supostas "atualizações de chip" ou "operações pendentes" no sistema bancário, criando uma falsa sensação de ajuda e confiança.

 Durante essa falsa assistência, os golpistas realizavam a substituição do cartão bancário da vítima por outro cartão de terceiro, geralmente inválido ou cancelado. Simultaneamente, captavam dados pessoais e senhas bancárias das vítimas, que, acreditando estar recebendo ajuda legítima, forneciam essas informações sem suspeitar do golpe em andamento.

 Após o apoderamento fraudulento dos cartões, a quadrilha operacionalizava a subtração dos valores das contas das vítimas através de duas modalidades principais. A primeira consistia na realização de compras de alto valor em estabelecimentos comerciais, utilizando tanto as funções débito quanto crédito dos cartões subtraídos. A segunda modalidade envolvia o pagamento de boletos bancários em casas lotéricas, cujos beneficiários eram os chamados "conteiros" - indivíduos que disponibilizavam suas contas bancárias para recebimento dos valores desviados mediante comissionamento percentual sobre o montante. 
A desarticulação dessa quadrilha representa um golpe significativo na criminalidade patrimonial que vitimiza pessoas idosas. O esquema criminoso, que operava há meses de forma itinerante pelo país, causava prejuízos milionários não apenas às vítimas diretas, mas também ao sistema financeiro e à sociedade como um todo.

 A operação também serve como alerta para a população, especialmente pessoas idosas, sobre a necessidade de redobrar a atenção ao utilizar caixas eletrônicos e desconfiar de abordagens de desconhecidos oferecendo ajuda com operações bancárias. 

A orientação é sempre buscar auxílio de funcionários do próprio banco ou estabelecimento em caso de dúvidas sobre operações bancárias. Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e furto qualificado (6 vezes) e, caso condenados, podem pegar até 16 anos de prisão.

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