Polícia Civil desarticula grupo criminoso que aplicava golpes em idosos no DF

 A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (8/8), a Operação Fim da Linha, que resultou na prisão de integrantes de uma associação criminosa especializada em dar golpes em idosos no DF. A ação foi conduzida pela 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá, com apoio da Polícia Civil da Bahia (PCBA).

De acordo com as investigações, o grupo agia com alto grau de sofisticação e frieza. Disfarçados de agentes sociais, os criminosos abordavam idosos oferecendo falsos cadastros para programas sociais do Governo do Distrito Federal. Usando a promessa de facilitar o acesso a supostos benefícios, conseguiam a confiança das vítimas e recolhiam cópias de documentos pessoais, além de informações sigilosas.

Com esses dados em mãos, realizavam empréstimos bancários em nome dos idosos, sem qualquer consentimento. Em muitos casos, o golpe só era descoberto semanas depois, quando as vítimas percebiam descontos indevidos nos extratos bancários.

A operação cumpriu cinco mandados judiciais, sendo duas prisões preventivas, uma prisão temporária e um mandado de busca e apreensão, além de medidas cautelares como bloqueio de contas bancárias e quebra de sigilo financeiro para rastrear o destino do dinheiro e identificar eventuais laranjas usados pelo esquema.

Até o momento, a PCDF identificou 11 casos de estelionato praticados pelo grupo, com prejuízo financeiro que já ultrapassa R$ 125 mil, sem contar o impacto emocional causado às vítimas.

Os investigados responderão por estelionato qualificado (art. 171, §2º-A, do Código Penal) e associação criminosa (art. 288 do CP), crimes que somados podem chegar a 45 anos de prisão.

A Polícia Civil reforça que golpes como este fazem parte de uma nova face da criminalidade, que se utiliza de técnicas de engenharia social para manipular e enganar. A orientação é para que ninguém forneça documentos ou informações pessoais sem confirmar a procedência da solicitação junto a órgãos oficiais. Familiares também devem orientar e proteger parentes idosos contra abordagens suspeitas