PCDF deflagra operação para desarticular núcleo interestadual de tráfico de drogas



A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou hoje, 10/07, por meio da 5ª DP, a Operação Thanos, com o objetivo de desarticular núcleo interestadual de tráfico de drogas com atuação no Distrito Federal, São Paulo e Goiás. Foram cumpridos cinco mandados judiciais, sendo três de busca e apreensão e um de prisão temporária.

 Além desses, o principal investigado já possuía mandado de prisão condenatória em aberto, no qual foi condenado a 15 anos de reclusão pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra a própria filha. 

O principal alvo foi preso na casa de sua atual companheira, que também se mostrou vítima de suas mentiras, pois não tinha conhecimento de seu lado oculto e de seus antecedentes criminais. Ambos se conheceram virtualmente, ocasião em que ele afirmou ser enfermeiro e estar desempregado, justificando seus gastos com uma suposta “renda” que, na realidade, era proveniente do tráfico de drogas.

 A mulher relatou à equipe policial que ele não saía de casa, exceto para frequentar a academia localizada no próprio prédio, e que viviam juntos desde janeiro de 2025, sem que ela tivesse qualquer ciência sobre seus crimes ou sua condição de foragido. 

As investigações apontaram que o alvo comandava o tráfico de drogas em nível interestadual, contando com o apoio de um “braço direito” residente na região do Guará, proprietário de uma ótica na Feira dos Importados do SIA, responsável por operacionalizar valores e manter contas bancárias de terceiros em nome próprio para dificultar o rastreio do dinheiro ilícito.

 Durante o cumprimento dos mandados, foram encontrados selos de LSD na residência do investigado do Guará. Embora não houvesse mandado de prisão contra ele, ao tomar conhecimento da ação policial, fugiu para a casa da namorada em Águas Lindas de Goiás e, em seguida, desapareceu. A investigação exigiu elevado grau de trabalho analítico e técnico por parte da equipe policial, considerando que o alvo principal adotava múltiplas medidas de para se ocultar, evitando vínculos bancários em seu nome e restringindo suas conexões cibernéticas, com o objetivo de dificultar sua localização e a obtenção de provas. 

Ambos irão responder pelos crimes de tráfico de drogas com aumento de pena pela interestadualidade (art. 40, V, da Lei nº 11.343/2006), associação para o tráfico (art. 35, Lei nº 11.343/2006) e lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998), cujas penas somadas podem chegar a 38 anos de reclusão, além de multa. A operação contou com o apoio operacional da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP), demonstrando o compromisso da PCDF no combate ao tráfico de drogas, à lavagem de capitais e à desarticulação de redes criminosas interestaduais, reforçando a integração das forças de segurança pública em benefício da sociedade.

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